quinta-feira, 12 de março de 2009

Esta é a hora

Passaram mais de muitos dias, desde o dia que vim ao mundo, passaram mais do que muitos anos desde o dia que descobri o amor, passaram mais do que muitos meses desde o dia que eu descobri a derrota e nem por isso o mundo parou, estagnou ou deixou de existir.
Esta é a hora, a hora de mudar o que jamais vai ser mudado, de acreditar que o passado já vai longe e o presente com uma vontade enorme de ser vivido.
Esta é a hora, a hora de negar todas as promessas, sonhos ou irrealidades que me pararam no tempo como ponteiros sem arranjo.
Esta é a hora, de lhe ligar e dizer o quanto fui feliz sem perceber, é a hora de dizer as vezes que chorei e as vezes que ri como tonta.
Esta é a hora, de colocar de lado as diferenças, a mágoa e esquecer a magia dos olhares cruzados.
Esta é a hora, porque a hora tem tempo, nome e não pára como gente, temos de apanhar esta hora, antes que ela nos escape no meio da rebeldia do tempo. A hora é curta, a hora é longa, a hora é aquilo que nós quisermos, a hora é hoje e não amanha, nem ontem, a hora é história, é presente, é amores vencidos e amores vencedores.
Esta é a hora de acreditar que passarão mais dias e muitos dias, desde o dia desta hora, que virão muitos amores, desde o dia desta semana e que lá fora, onde existe horas e mais horas perdidas e prontas para serem agarradas, está um mundo novo à minha espera.
Esta é a hora, a hora que se rasga cartas ditas de nada, onde se guarda amores desajeitados, é a hora que vai carregada de saudade, desejo ou vontade, mas uma hora que o tempo não deixa voltar.
Esta é a hora de lembrar cada pedaço mau, cada pedra no meu caminho, é a hora de negar tudo o que eu quero, de odiar tudo o que eu amo, de adormecer cinderela e acordar noutra história.
Esta é a hora de querer o que não quero e de dizer o que nunca disse, de ser o que nunca fui e dizer não àquilo que sempre disse sim.
Esta é a hora, a hora de voltar a ser feliz!

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